quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Convergência Midiática


Está se tornando cada vez mais comum sairmos de uma sala de cinema ou terminarmos de ler um livro, e corrermos atrás de mais informações sobre o produto midiático que acabamos de consumir. Quando isso ocorre, você está contribuindo para a convergência midiática, onde usamos múltiplos suportes de mídias para que ocorra um fluxo de conteúdos. Não só de máquinas depende esse processo, o consumidor é a peça chave disso tudo, pois é ele que vai realizar essas conexões e é ele que irá editar as informações sobre esses produtos.
Assim como os exemplos dados em aula: MATRIX, Harry Potter, Game of Thrones; o universo da Marvel também se encaixa nesse caso de convergência midiática. O grupo de super-heróis X-men teve sua primeira edição publicada na década de 60, criado pelo escritor Stan Lee e pelo artista Jack Kirby. Mas não parou por aí, tiveram desde então diversas aparições, não só nas histórias em quadrinhos, mas também em filmes, games, desenhos animados, isso sem contar os inúmeros produtos que foram vendidos que tinham alguma relação com o grupo. Esse uso de diversas plataformas para contar uma mesma história é chamada de narrativa trasmídia. O universo dos X-men se tornou tão grande que incentivava cada vez mais aos seus fãs a procurar e criar conteúdos diversos. Em uma entrevista ao programa Milênio, Henry Jenkins salienta que a convergência representa uma “transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos midiáticos dispersos”.
O usuário que deseja participar cada vez mais dessa experiência vai criar o seu próprio conteúdo midiático para contribuir com o universo no qual tem tanta paixão. Isto é, nós ajudamos a construir os universos da mídia, como nos foi apresentado na leitura complementar, Vida Midiática, “A sociedade governada pela vida midiática é aquela na qual a realidade está, como em muitos ou talvez na maioria dos sites, o tempo todo sendo construída – mas não apenas por invisíveis guardiães nas fortalezas panópicas dos governos e das corporações que procuram construir uma realidade relativamente coesa e portanto controlável, mas também por (todos) nós.”
Sendo assim, devemos saber que nós podemos fazer parte dessa cultura de convergência. Criando desde algo grande com influência mundial sobre o gigantesco universo de Harry Potter, ou até mesmo uma breve fanfic envolvendo nossos personagens favoritos de algum seriado dos anos 90 que teve apenas uma temporada.

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